segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Saída para crise é tema de live

 


Terça, dia 9, às 10 horas, recebo o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, e o político João Vicente Goulart. O encontro, virtual, debaterá o enfrentamento à crise e um projeto de desenvolvimento para o Brasil.

O momento exige unir opostos a fim de que as lideranças que olham o País de formas diferentes se sentem à mesa e encontrem saídas para enfrentar as crises econômica, social e sanitária.

O Brasil vive o maior desemprego de sua história. A informalidade também bate recorde. A inflação passou a marca de dois dígitos. Para os pobres, é o dobro. Essa recessão com inflação arrocha mais ainda os salários dos trabalhadores.

A crise é resultado de uma política neoliberal, assumida desde o governo de Michel Temer e amplamente difundida pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele conta que a ideia é debater esse enfrentamento de acordo com as próprias experiências de cada um.

De 1990 pra cá, o Brasil cresceu numa média de 2% ao ano. Mas de 1930 a 1980, crescemos 7% ao ano. A diferença é que dos anos 1990 pra cá, fomos o paraíso do neoliberalismo, do Estado mínimo e dos juros altos pra atrair o capital especulativo.

É possível retomar o crescimento. Puxando o investimento público em infraestrutura, apoiando as empresas nacionais e criando uma rede de defesa do poder de compra dos trabalhadores, com a CLT, a Justiça Trabalhista e Sindicatos fortes.

Live – Será nesta terça, dia 9, às 10 horas. O encontro será pela plataforma Zoom. A Agência Sindical apoia e transmite o evento pelo Facebook da Agência Sindical. Assista!

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

TODO APOIO AOS EMPREGOS NA PROGUARU


Entendo que uma tomada de posição cívica e cidadã defender  a Proguaru e os 4,6 mil empregos ameaçados pelas iniciativas do prefeito Guti. Assembleia quarta (15) decretou greve e nesta segunda (20) começa a paralisação.

O Stap, que representa os empregados, comanda a mobilização. A Força Sindical apoia o movimento.

O presidente do Stap, Pedro Zanotti Filho, diz: "Hoje é na Proguaru. Amanhã, pode ser contra qualquer outro setor da categoria".

ATO - Segunda (20), concentração em frente ao Paço Municipal, na avenida Bom Clima, a partir das 10 horas.  

União - Todo o sindicalismo da cidade apoia. Para a Regional da Força Sindical, “a Proguaru há décadas presta bons serviços á população e precisa ser mantida”.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Estou de volta. Um abraço!

Após um breve período, volto a ocupar este espaço em nosso blog. Espero encontrar a todos com saúde, porque a época não está fácil pra ninguém.

Tivesse o ilustre presidente da República seguido a orientações da ciência, a vacinação estaria muito mais avançada e milhares de vida teriam sido poupadas.

Fiquem todos com o meu abraço, certos de que buscamos os mesmos objetivos. Ou seja, trabalho, renda, saúde e paz.

Até mais!!!

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Sopa de osso. Até quando?



O Fantástico do domingo mostrou uma família de Cuiabá que se alimentou três dias com sopa de osso. Sim. Sopa de osso.

Veja. Somos o país com o maior rebanho bovino do mundo (217 milhões de cabeças), mas o governo privilegia as exportações, pra faturar em dólar, em vez de alimentar nosso povo.

Somos também o segundo maior exportador de milho do mundo. Se depender do governo Bolsonaro, daqui a pouco, nem milho pra dar aos pombos na praça a gente vai ter.

Deprimente. Bolsonaro afunda cada vez mais o Brasil e os brasileiros.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

SEGUIMOS JUNTOS!


Sábado, dia 24, acontece a posse da diretoria de nosso Sindicato. Saio da presidência, que passará a ser exercida por Josinaldo José de Barros (Cabeça), atual vice. Seguirei na diretoria efetiva.

Quero, ao ensejo, tecer alguns comentários dessa minha experiência à frente da entidade.

União - Trabalhei sempre pela união do grupo e para o bem da categoria.

Unidade - Atuei e dialoguei para que o movimento sindical guarulhense se unisse pelo bem das categorias e da cidade.

Social - Criei o Instituto Cultural e Esportivo Meu Futuro, a fim de complementar a educação de crianças e jovens na região do Primavera. Também oferecemos cursos profissionalizantes, encaminhamos jovens ao mercado de trabalho e demos suporte a famílias carentes.

Lazer - Ampliamos o Clube de Campo, que ganhou diversas melhorias, como parque aquático completo, ginásio poliesportivo e preservou quatro alqueires de Mata Atlântica. Além de outras obras e melhorias.

Formação - Fizemos inúmeros seminários e cursos para dirigentes, assessores e ativistas, sobre economia, política, saúde, direitos da mulher e outros.

Desempregados - Criamos o Grupo de Apoio Psicoprofissional, que atendeu mais de 30 mil desempregados, encaminhando muitos ao mercado de trabalho.

Acordos - Em todos esses anos, fechamos acordos na data-base. Durante 14 anos seguidos, a categoria obteve aumentos reais e ampliou direitos. 

PLR - Consolidamos os acordos de Participação nos Lucros e/ou Resultados das empresas, em número crescente. A meta é PLR pra 100% da categoria.

Atos - Marchamos a Brasília pra conseguir revisão do FGTS; falamos com presidentes da República e líderes no Congresso. Enfrentamos a violência policial, por defender direitos e combater a precarização.

Indústria - Uma das marcas do meu mandato foi a defesa da indústria nacional, porque o emprego industrial ainda é o que paga mais e porque indústria forte significa País desenvolvido. 

Autonomia - Mantivemos o Sindicato autônomo frente a governos e partidos, porque o partido de Sindicato tem que ser a sua categoria.

Mais - Estimulamos as lutas da mulher, apoiamos os aposentados, defendemos a segurança nos locais de trabalho.

Desejo pleno sucesso ao companheiro Cabeça. Sei da sua disposição de trabalho. Cumprimento a todos da diretoria. E abraço, fraternalmente, cada trabalhador e trabalhadora.

Juntos seguiremos!

Mudança na indústria


Espero, sinceramente, que o setor industrial retome a liderança da economia brasileira. Hoje, nosso segmento mais dinâmico é o agronegócio. O agro é importante, mas tem baixo valor agregado, além do que o preço das commoditties é ditado pelo mercado internacional.

Outro problema do agronegócio é a expansão desmedida das chamadas fronteiras agrícolas, cujo avanço depende, em muitos casos, da devastação ambiental e invasão de reservas.

A indústria praticamente superou a era da poluição e da contaminação. Tecnologias limpas já são utilizadas largamente, sem derrubar a produtividade. Na questão do emprego, é quem paga os melhores salários. Também dependem do segmento industrial o desenvolvimento da engenharia e de novas tecnologias.

Na presidência do Sindicato, sempre defendi a indústria, especialmente a nacional. Do ponto de vista das relações trabalhistas, atuo pelo diálogo e respeito entre as partes. Em termos de macroeconomia, entendo ser necessária uma aliança entre setor produtivo, sindicalismo e trabalhadores.

Nessas postulações do sindicalismo, chegamos a ter apoios de setores empresariais locais, além de segmentos do Sistema S. Porém, grandes entidades, como CNI e Fiesp, nunca deram ouvidos às nossas propostas, preferindo relações vantajosas com governantes e agentes estatais - como o BNDEs.

Espero que isso mude. Por quê? Porque a direção da Fiesp também vai mudar. Sai Paulo Skaff, cujas indústrias ninguém conhece, entra Josué Gomes, comandante do grupo Coteminas, potência do ramo têxtil. Se seguir o exemplo de seu pai, José de Alencar, será um bom presidente da Fiesp, respeitado líder de classe e um porta-voz efetivo das necessidades do setor - e aqui incluo a permanente qualificação profissional dos trabalhadores. 

Boa sorte ao futuro presidente. E boa sorte também a Maurício Collin, reeleito no Ciesp local.

Engenheiros - Solidarizo-me com a valorosa categoria, que corre risco de perder seu Piso Profissional. Saiba o presidente da Federação Nacional, Murilo Pinheiro, que pode contar com o apoio dos Metalúrgicos e da Força Sindical.

Engenharia e engenheiros valorizados são fundamentais ao desenvolvimento nacional e à qualidade de vida da população.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Tome a vacina que tiver!


BioNTech, Pfizer; CoronaVac; Johnson & Johnson; Oxford, AstraZeneca; Sputnik V. Tome a vacina que estiver disponível em sua cidade. Tome a vacina que estiver disponível no posto de saúde mais próximo de sua casa.

Todos os imunizantes disponíveis passaram por testes que comprovam sua segurança e eficácia contra o novo coronavírus. Sua aplicação é autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O presidente Bolsonaro voltou a prestar um desserviço pra sociedade ao brincar com a vacina CoronaVac, primeiro imunizante aplicado no Brasil. Em live com o secretário de Comunicação, Fábio Faria, ele perguntou, em tom de ironia, se o secretário tomaria a CoronaVac. Faria, de bate-pronto, respondeu: "Não!". E os dois caíram na risada.

Por causa dessa irresponsabilidade do principal governante do País, pessoas estão indo pra fila da vacina e escolhendo qual imunizante tomar. Não façam isso. Testes mostram que, ao tomar a vacina (qualquer uma), o risco de mortes diminui. O risco de contaminações reduz drasticamente. A vacinação não é apenas uma ferramenta de proteção individual (ou seja, quem se vacina se protege), mas coletiva.

O jornal Valor Econômico publicou nesta quinta (24): "Mais de 99% das mortes recentes nos EUA são de não vacinados". E mais: "Infecções em pessoas totalmente vacinadas foram responsáveis ​​por menos de 1.200 das mais de 853.000 hospitalizações por Covid-19. Isso é, cerca de 0,1%". Ou seja, vacina salva. Não só a sua vida, mas a vida de quem está ao seu redor. 

Bolsonaro é irresponsável, é contra a ciência, contra a vacina. Não faça como o presidente. Não dê ouvidos às suas falas. Tome a vacina que tiver!

Joe Biden turbina mercado interno


Os gastos com o consumo representam 70% do PIB norte-americano. No primeiro trimestre, tais gastos subiram 11,3%, boa parte aplicada à compra de bens duráveis, como carros e eletrodomésticos. No primeiro trimestre de 2020 (sob governo Trump), o PIB local havia caído 5%.

A que se atribui a melhoria no desempenho? Basicamente à ajuda trilionária do presidente democrata Joe Biden à economia doméstica e no combate à Covid-19. Biden investiu maciçamente na vacina, o que já possibilita a retomada das atividades econômicas.

Com apoio do Congresso, Biden conseguiu aprovar o aporte de US$ 5,1 trilhões em ajuda às famílias, empresas e no pagamento do seguro-desemprego. Em abril do ano passado, a taxa de desemprego chegou a 14,8%. Este ano, em maio estava em 5,8%.

De todo modo, nem tudo são flores. A recolocação no mercado de trabalho tem sido mais lenta para trabalhadores de baixa qualificação profissional. O governo também está preocupado com a escassez de bens, o que pressiona a inflação para cima.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

500 mil dores

Sábado, o Brasil chegou à trágica marca de 500.686 pessoas mortas pela Covid-19. Mais de meio milhão de brasileiros, de todas as faixas etárias, de diversas classes sociais, mas principalmente os mais pobres.

Não tinha como ser diferente? Tinha. Bastava que o governo federal entendesse a gravidade da doença, estimulasse medidas preventivas, fizesse campanhas educativas pela grande imprensa e, especialmente, comprasse vacinas.

Bastava que Bolsonaro não politizasse o problema sanitário, não investisse contra as orientações da Organização Mundial de Saúde, não atacasse políticos desafetos, não agredisse nações amigas e seguisse as recomendações da ciência, como uso de máscara e distanciamento social.

É verdade que muita gente abusou e ainda abusa do vírus, facilitando as contaminações. Mas pense bem: o responsável pelo resultado de uma guerra não é o soldado raso ou o sargento. Responsável sempre é o comandante da tropa.

Não adianta o presidente da República fazer ironias, xingar jornalistas e agredir emissoras de televisão. A população já percebe os erros, omissões e os abusos e a história, mais dias, menos dias, vai apontar claramente as responsabilidades. Bolsonaro sabe que o tribunal da história será implacável.

Todos nós já perdemos parentes e outros entes queridos. Sabemos o quanto dói cada perda. Conhecemos o quanto nos desgasta a agonia do paciente até o desfecho final. Quando a doença é grave e inevitável, a gente se conforma, pois assim é a vida. Mas se uma doença pode ser evitada, e não é, somos tomados também pelo sentimento de revolta.

Vacina - O que fazer? Primeiro, cuidar da própria saúde, com as cautelas possíveis. Segundo, exigir vacina, já, para todos. Usar máscara ajuda, e muito. Mas a sorte da saúde pública depende da vacinação em massa.

Também lamento que o governo não tenha investido maciçamente na proteção dos mais pobres e na preservação das pequenas empresas, que são as grandes geradoras de emprego. 

O sindicalismo, desde 5 de janeiro, defende e massifica a pauta unitária por Vacina, Isolamento Social, Auxílio Emergencial de R$ 600,00 e medidas de proteção ao emprego.

Chamamos o empresariado a se somar conosco nessa pauta capaz de reorganizar o País. Até agora, não obtivemos resposta. Esperamos que o choque das 500 mil mortes desperte corações e mentes do setor produtivo. O que não vem por amor virá pela dor. Como sempre.

sábado, 12 de junho de 2021

A questão salarial



Numa sociedade que consome bens e serviços, o povo precisa ter poder de compra. Como o povo não tem propriedades ou investimentos financeiros, a renda depende do valor salarial. Sem isso o mercado interno afunda e leva junto parte da economia, especialmente o setor das pequenas empresas.

Nos anos Lula e durante um período do governo Dilma, a massa salarial dos brasileiros cresceu. Ficamos ainda longe do necessário, mas houve avanços concretos. Vale lembrar que o salário mínimo subiu 76% acima da inflação. Em nossa categoria, tivemos 13 anos consecutivos de aumentos reais.

No seu penúltimo congresso, o Partido Comunista da China adotou como deliberação oficial o aumento médio dos salários. O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, defende que seja dobrado o valor do salário mínimo e toma iniciativas pra fortalecer o poder de negociação dos Sindicatos.

Nós somos um País de salários baixos. Exemplo é o salário mínimo fixado pelo Presidente Bolsonaro em R$ 1.100,00. O valor é muito baixo e está arrochado. Você pode pensar que poucos ganham o mínimo. Não é verdade. Entre trabalhadores da ativa e aposentados, o mínimo remunera quase 48 milhões de brasileiros. Além do salário no Brasil ser baixo, o imposto de renda corrói boa parte. Também precisa haver correção da tabela. 

O “Boletim de Olho nas Negociações”, do Dieese, mostra essa realidade. A publicação informa que 60% dos reajustes no mês de abril ficaram abaixo da inflação (INPC) de 6,94%. Acima do índice inflacionário ficaram 17% dos acordos; e iguais, 23%. Ou seja, arrocho real no poder de compra de 60% das categorias.

Programa - No momento em que se debatem nomes de prováveis candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais, pergunto: qual deles tem compromisso com a valorização do trabalho, a elevação dos salários e o fortalecimento do mercado interno?

Essas perguntas todos nós devemos fazer, porque sem poder de compra dos salários o Brasil será empurrado cada vez mais para o atraso e grande parte da nossa população ficará condenada à exclusão social.