Final de ano é época de prestar contas. Quero, portanto,
neste espaço, falar do que o Sindicato dos Metalúrgicos realizou no período.
Foi um ano ruim na economia, conturbado na política e repleto de ataques aos
direitos dos trabalhadores.
A primeira orientação em nosso Sindicato foi sobreviver. E
digo sobreviver primeiro financeiramente, pois o governo cortou praticamente
todas as nossas fontes de receita. Ainda
assim, com imenso sacrifício, sobrevivemos.
Mas a implacável onda de ataques aos trabalhadores e às
entidades não nos intimidou. Durante todo o ano o Sindicato marcou presença na
base, com ações cotidianas: assembleias, negociações, acordos de PLR
(Participação nos Lucros e/ou Resultados), acordos por empresa e, no final de
novembro, a renovação das Convenções Coletivas da categoria, reajuste acima do
INPC e pagamento de dois abonos salariais.
Avanços - Fechamos mais acordos de PLR nas fábricas, muitos
deles com aumento real; conseguimos ampliar a sindicalização; aumentamos nossa
rede de serviços, convênios e benefícios aos sócios; conseguimos acordos com
ganhos efetivos, como acaba de ocorrer na empresa Croma (Vila Aeroporto), onde
foi reaberto o refeitório e houve reforma completa dos vestiários, beneficiando
150 trabalhadores. Destaco, ainda, a ação ativa por saúde no trabalho e as
campanhas contra o câncer de próstata e de mama.
Futuro - Fazer o balanço é importante. Mas devemos, também,
tratar do futuro. Por isso, lançamos a campanha “PARA TODOS”, pela qual
mobilizamos a categoria na busca de cesta básica, café da manhã, convênio
médico e PLR. Com isso, queremos elevar o padrão de benefícios nas fábricas, o
que ajudará a melhorar a qualidade de vida da família metalúrgica.
Geral - Nosso Sindicato participou de todos os atos
unitários e mobilizações organizadas pelas Centrais. O sindicalismo combate o
modelo neoliberal adotado por Bolsonaro e radicalizado pelo ministro Paulo
Guedes, da Economia. E combatemos porque o modelo ultraliberal quebra a
indústria nacional, fragiliza o mercado interno e põe o Brasil de joelhos
frente às potências.
Jango - Neste final de ano, 91 milhões de brasileiros
receberão o 13º salário, cuja soma deve superar R$ 214 bilhões, segundo o
Dieese. O antigo abono natalino pago então a umas das poucas categorias hoje é
direito de todos. Devemos, ao receber esse décimo terceiro pagamento, fazer
justiça à historia e relembrar que o autor da lei que sacramentou esse direito,
em 1962, foi o Presidente João Goulart - Jango. Viva Jango e todos os
governantes que pensam no povo!
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